O tumor fibroso solitário (TFS) é uma rara neoplasia mesenquimal fibroblástica, com maior incidência entre a quarta e sétima décadas de vida, sendo benigno em 80 a 90% dos casos.
O TFS retroperitoneal é uma variante rara, com menos de 100 casos descritos. Pode atingir grandes dimensões devido ao quadro inicial pouco sintomático. O diagnóstico histopatológico é inespecífico, caracterizado por arranjo de células fusiformes com pseudocápsula fibrosa.
A imuno-histoquímica pode ser positiva para CD34 (95%), Bcl2, CD99 (70%), vimentinal e STAT6. A presença do CD34 exclui o principal diagnóstico diferencial, o mesotelioma de células fusiformes. O resultado negativo para desmina e proteína S-100 também são critérios diagnósticos. Achados de malignidade incluem necrose tumoral, grandes dimensões, alta celularidade e atividade mitótica, pleomorfismo nuclear, infiltração de estruturas e invasão vascular.
Os diagnósticos diferenciais incluem neoplasias sólidas abdominais, como sarcoma, fibrossarcoma, histiocitoma fibroso maligno e neoplasias de células fusiformes, como leiomioma, tumor miofibroblástico inflamatório, angiomiolipoma e tumor estromal gastrointestinal. Achados radiológicos auxiliam na programação cirúrgica pelo estabelecimento de margens macroscópicas. A TC, imagem por ressonância magnética (IRM) e US apresentam alta sensibilidade e baixa especificidade para o diagnóstico de TFS, o qual se manifesta como massa circunscrita, por vezes com área císticas, calcificações ou degeneração mixóide.
Na IRM, tumores hipocelulares apresentam hipossinal em T2 e, hipercelulares bem vascularizados apresentam hipersinal em T2. O TFS foi descrito como hipointenso em T1, hiperintenso em T2, com realce após injeção de gadolínio. A abordagem terapêutica inclui ressecção cirúrgica com margens de segurança, podendo ser realizada em embolização pré-operatória e utilizadas drogas antiangiogênicas como terapia adjuvante. Não há consenso sobre o benefício de quimioterapia ou radioterapia, sendo necessário o seguimento dos pacientes pelo risco de recidiva e metástases.
Telerradiologia – Para definir exatamente o que é telerradiologia, um bom lugar para começar é definir primeiro a palavra radiologia. A radiologia é um tipo de
técnica de imagem que os médicos usam para obter imagens da parte interna do corpo. Isso geralmente é feito para tratamento ou diagnóstico. Ultra-sons, ressonâncias
magnéticas e raios-x são exemplos.
Agora podemos adicionar o prefixo “tele” à radiologia. Pense na palavra “telefone”, que se refere a um dispositivo que permite ligar para alguém que está em um local
diferente. Quando aplicado à telerradiologia, significa que as imagens são enviadas para um local diferente. As imagens, juntamente com os estudos realizados nas
imagens, são enviadas para profissionais ou médicos que estão em um local diferente.