Os rabdomiossarcoma consistem em tumores de origem mesenquimal com células de morfologia muscular esquelética. Cerca de 40% dos rabdomiossarcoma acometem a região da cabeça e pescoço, sendo este o sarcoma mais comum desta localidade. Acometem mais comumente indivíduos jovens, com maior incidência entre os 5 e 6 anos de idade, sendo o tumor mais comum na infância, representando de 5 a 8% dos tumores malignos desta faixa etária.
Histologicamente, os rabdomiossarcomas são divididos em três subgrupos. O subtipo embrionário encontrado neste relato, é o mais comum (70%),podendo ser subdividido em embrionário propriamente dito, botrioide e de células fusiformes, apresentando um melhor prognóstico em crianças e maior agressividade em adultos. Outros subtipos menos comuns são o alveolar e pleomórfico, esse último observado apenas em adultos.
Quanto à localização na cabeça e pescoço, os orbitais representam o principal sítio, sendo também os de melhor prognóstico. Os parameníngeos, em contrapartida, são os de pior prognóstico, com cerca de 60 a 70% de sobrevida em cinco anos. Os de localização paramaníngea com origem no osso temporal são raros, cerca de 7% dos rabdomiossarcomas da cabeça e pescoço, e tipicamente manifestam-se como quadros de otomastoidite crônica, como no caso relatado.
O envolvimento de nervos cranianos é frequente, observado em cerca de 30% dos pacientes. Diante disso,o quadro clínico torna-se muito variável e dependente da localização. As características de imagem são variáveis, podendo apresentar iso ou leve hipersinal , com marcada impregnação ao gadolínio, podendo haver restrição à difusão. A ocorrência de hemorragia é rara.
Telerradiologia – Para definir exatamente o que é telerradiologia, um bom lugar para começar é definir primeiro a palavra radiologia. A radiologia é um tipo de técnica de imagem que os médicos usam para obter imagens da parte interna do corpo. Isso geralmente é feito para tratamento ou diagnóstico. Ultra-sons, ressonâncias magnéticas e raios-x são exemplos.
Agora podemos adicionar o prefixo “tele” à radiologia. Pense na palavra “telefone”, que se refere a um dispositivo que permite ligar para alguém que está em um local diferente. Quando aplicado à telerradiologia, significa que as imagens são enviadas para um local diferente. As imagens, juntamente com os estudos realizados nas imagens, são enviadas para profissionais ou médicos que estão em um local diferente daquele onde as imagens foram tiradas.