O conceito de care management, ou seja, uma gestão integrada do paciente, principalmente de doentes crônicos, tem ganhado força no sistema de saúde mundial e a tecnologia é uma grande aliada nessa nova abordagem. Realidade virtual, aprendizado de máquina, telemedicina e telecomando são algumas das inovações já presentes no dia a dia dos principais players do segmento e que contribuem para uma maior assertividade e precisão no diagnóstico de patologias e cuidados profiláticos de modo multidisciplinar.
Essa é uma realidade nos grandes centros, mas como fazer para oferecer medicina diagnóstica de qualidade para cidades mais afastadas, onde, muitas vezes, há carência de insumos, investimentos e profissionais especializados? Hoje, a tecnologia nos permite desenvolver soluções efetivas para realização de diversos exames essenciais à distância.
Isso significa que um morador de Nova Mutum, em Mato Grosso, por exemplo, pode fazer uma ressonância magnética por meio de telecomando. Ou seja, uma equipe à distância opera o aparelho e médicos especialistas trabalham no laudo e pós-laudo. Isso permite um diagnóstico mais assertivo, além de garantir que esse paciente tenha acesso a um atendimento especializado e uma definição terapêutica rápida, minimizando o agravo da doença.
Um exemplo do impacto das novas tecnologias para prover uma medicina de precisão é nos prontos-socorros. Atualmente, já contamos com soluções em radiologia e cardiologia em diversos hospitais, inclusive em cidades pequenas e remotas, onde nem sempre há um especialista presente em emergência. Com essas inovações, conseguimos fazer um laudo de eletrocardiograma à distância, em apenas três minutos, possibilitando o desfecho correto para uma pessoa em situação grave. Diagnóstico precoce é a chave para uma recuperação de sucesso, pois, em muitos casos, o paciente ainda precisa aguardar a chegada de um especialista para ter o resultado e essa espera pode ser decisiva para o seu estado de saúde.
Voltamos, assim, para a abordagem de care management, colocando o paciente no centro do sistema e buscando um cuidado integrado, desde o atendimento médico até o diagnóstico. No contexto atual de pandemia, oferecer um exame de qualidade, rápido e com diagnóstico preciso, pode salvar vidas. Em um momento em que as pessoas deixaram de realizar avaliações médicas por receio da Covid-19, quando conseguimos por meio da tecnologia realizar um laudo de alta acurácia, com rapidez e a chancela de especialistas, podemos chegar com mais facilidade ao diagnóstico, evitando, mais uma vez, o agravo de patologias associadas do paciente.
Há espaço para muitos avanços nesse campo, em diversas especialidades, e é importante defender essa parceria e investir em novas tecnologias, sempre visando garantir o acesso à saúde de qualidade. Assim como a Inteligência Artificial, soluções de Machine Learning e algoritmos já fazem parte da nossa rotina, e a tendência é que também estejam cada vez mais presente na experiência do paciente. Seja na gestão, na realização de exames e procedimentos e, principalmente, na busca pela recuperação e pelo bem-estar do usuário.
Telerradiologia – Para definir exatamente o que é telerradiologia, um bom lugar para começar é definir primeiro a palavra radiologia. A radiologia é um tipo de técnica de imagem que os médicos usam para obter imagens da parte interna do corpo. Isso geralmente é feito para tratamento ou diagnóstico. Ultra-sons, ressonâncias magnéticas e raios-x são exemplos.
Agora podemos adicionar o prefixo “tele” à radiologia. Pense na palavra “telefone”, que se refere a um dispositivo que permite ligar para alguém que está em um local diferente. Quando aplicado à telerradiologia, significa que as imagens são enviadas para um local diferente. As imagens, juntamente com os estudos realizados nas imagens, são enviadas para profissionais ou médicos que estão em um local diferente.